Jornal de Letras
“José Rodrigues dos Santos é um mestre do suspense clássico. Os seus romances são ritmados e consistentes, quase os vemos como filmes, repletos de imagens e incluindo histórias com um princípio, um meio e um fim. Num mundo pós-industrial ideologicamente fragmentado, a obra de José Rodrigues dos Santos é uma ilha à qual os leitores de classe média com formação superior se ligam, lembrando inconscientemente uma época em que a vida tinha um significado implícito e transcendente, um mundo onde todas as partes da vida se ligavam harmoniosamente para apresentar um destino. (…) José Rodrigues dos Santos tem a capacidade de animar os romances com as regras da escrita de guiões para televisão, reavivando uma visão stendhaliana como um espelho que paira sobre uma sociedade, representando-a de uma forma transparente. É a perspetiva realista da literatura, trazida na linha de uma clara representação social.
(…) Como nenhum outro autor em Portugal, José Rodrigues dos Santos habita nesta perspetiva de escrita de romances com a facilidade de um peixe que habita na água”.
